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"O que te faz clicar em uma notícia?"


Via: Twitter



Em uma pesquisa realizada na Faculdade Cásper Líbero pelo Além da Manchete, os estudantes de jornalismo mostraram como enxergam o que é produzido atualmente no mercado. Um dos fatos encontrados é que 23% dos alunos diz acessar notícias apenas virtualmente, o que, ao que tudo indica, será o futuro do jornalismo.

Num período onde o país se encontra polarizado e a mídia é considerada por muitos um “quarto poder” na esfera política, estar inteirado no que acontece parece ser uma tarefa obrigatória para quem quer ter uma opinião embasada no assunto ou entender o que acontece de verdade nesse momento de crise. Com fatores como a manipulação midiática e a pós-verdade (onde a repercussão e a opinião gerada em cima de algum fato é levada mais em conta que ele próprio), como os próprios jovens que procuram ingressar no mercado de notícias enxergam e interagem com elas é algo a se aprofundar.


Para Mateus Santos, que cursa o primeiro ano da faculdade, uma das causas que o faz acreditar na veracidade de notícia é a sua reprodutibilidade do fato em diversos canais, além da análise da credibilidade do veículo. Ele não é o único: 93% dos entrevistados acreditam na fonte como o maior critério para se confiar ou não em um fato. Enrico Weg, do segundo ano, ainda completa que o bom senso e partidarismo do jornal contam na hora de acreditar ou não em um notícia que está sendo compartilhada nas redes.

Via: Giphy

Já na questão “O que te faz clicar em uma notícia?”, as respostas são mais variadas. Para 28% dos entrevistados,a manchete continua sendo o fator decisivo para que um simples clique aconteça mas, hoje, há outras determinantes. Uma delas são as notícias de entretenimento. Uma das principais febres da atualidade se exemplifica melhor com o portal Buzzfeed onde muito do que é publicado tem valor de noticiabilidade duvidosa. Além disso, assuntos que estão sendo altamente comentados nas redes sociais rendem bons cliques mesmo entre os estudantes que, apesar da formação acadêmica, também são usuários comuns da rede. Na pesquisa, Entretenimento ficou em primeiro lugar entre os assuntos preferidos dos leitores, seguido de notícias internacionais e Política.


Infográfico por Bruna Heloísa

Para os entrevistados, ainda há uma obrigação pelo próprio peso da graduação: estar antenado com as notícias de política e economia. Apesar da grande maioria não se interessarem em atuar na área do jornalismo político, todos sentem que precisam acompanhar as atuais questões que englobam o Brasil e o mundo.

Entre os portais conhecidos que menos agradam os estudantes, a revista Veja aparece em primeiro lugar. “Acho a Veja extremamente sensacionalista”, explicou Mateus. O aluno João Pedro Siqueira, do terceiro ano, também cita a revista. “Veja e Carta Capital, por não assumirem seu claro viés ideológico, são as que menos gosto. Além delas, há o Jornalistas Livres, Mídia Ninja e similares que, apesar de não serem tão grandes, me incomodam por se declararem apartidários e serem tão enviesados”, disse ele.


Via: Giphy

Em relação ao compartilhamento de notícias, os estudantes que um dia serão aqueles que irão em busca de cliques e compartilhamentos, no geral, são muito cautelosos na hora de compartilhar uma notícia em seus perfis de redes sociais. Enrico, por exemplo, é direto: “Não costumo compartilhar notícia”. Já Mateus explica que prefere se omitir para não gerar polêmicas. “Compartilho normalmente notícias que afetem diretamente meu mundo ou meu modo de pensar. Seja favorável ou o contrário. Porém, tem muita coisa que eu gosto de acompanhar mas acabo não compartilhando pra não gerar intriga ou comentários boçais”, disse ele.


Via: Twitter


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